Eletrodeposição ou Galvanoplastia

Eletrodeposição ou Galvanoplastia

A galvanoplastia ou galvanização é um tratamento de superfície que consiste em depositar um metal sobre um substrato (metálico ou não), através da redução química ou eletrolítica para proteção, melhor condutividade e melhor capacitação para se soldar sobre a superfície tratada. Outras aplicações são: para melhorar a aparência, aglutinar partículas não condutoras à camada electrodepositada, resistência ao atrito, melhorar a dureza superficial, resistência à temperatura, entre outras.

A eletrodeposição ou galvanoplastia:

De acordo com o Dicionário Rosseti de Química, podemos definir galvanoplastia como a tecnologia responsável pela transferência de iões metálicos de uma dada superfície sólida ou meio líquido denominado electrólito, para outra superfície, seja ela metálica ou não. Este processo usa a corrente elétrica, sendo chamado de “electrólise”.

A galvanoplastia foi desenvolvida por Galvani, físico e químico que fazia estudos sobre a eletricidade.

A electrodeposição está relacionada com o revestimento de superfícies, é esse o processo utilizado na prateação, na niquelação, na cromagem, etc.

O objecto a ser revestido, durante a electrodeposição, deve estar ligado ao pólo negativo do gerador, constituindo o cátodo. Podemos, por exemplo, aplicar um banho de ouro ou prata (douração e prateação) num anel feito de alumínio. O anel será o cátodo, que estará ligado ao pólo negativo do gerador; ligada ao pólo positivo deverá haver uma lâmina de ouro.

Esses eléctrodos devem estar mergulhados numa solução aquosa de um sal de ouro, por exemplo, o nitrato de ouro (III) (Au(NO3)3]

{ Au3+ + 3e- → Au } pólo negativo (semi-reacção no cátodo – redução ) { Au → Au3+ + 3e- } pólo positivo ( semi-reacção no ânodo – oxidação )

Também poderíamos usar um eléctrodo inerte (platina) no ânodo, o anel de alumínio no cátodo e uma solução aquosa de Au(NO3)3, a deposição de ouro sobre o anel não se origina no ânodo, o ouro esta presente na solução, e é conveniente que ela esteja concentrada:

{ H2O → 2 H+ + ½ O2 + 2e- } pólo positivo ( semi-reacção no ânodo – oxidação) { Au3+ + 3e- → Au } pólo negativo ( semi-reacção no cátodo – redução )

Se desejamos fazer a cromação de um para-choque de ferro, ele deve estar ligado ao pólo negativo do gerador, constituindo o cátodo. Já o elétrodo positivo deve ser uma barra de cromo, ou, então, o eletrodo deve ser inerte e a solução eletrolítica deve conter um sal de crómo (Cr3+). Industrialmente, o processo de cromagem de pára-choques de automóveis é feito em três etapas: • Cobreação • Niquelagem e • Cromagem. Isso tem a finalidade de dar maior aderência ao cromo, evitando que o pára-choques descasque e perca a cromagem.

No processo de galvanoplastia as reações não são espontâneas, é necessário fornecer energia eléctrica para que ocorra a deposição dos electrões (electrólise). A galvanoplastia é, portanto, um processo de electrodeposição no qual o objecto que vai receber o revestimento metálico é ligado ao pólo negativo de uma fonte de corrente contínua e se torna cátodo. O metal que vai dar o revestimento é ligado ao pólo positivo e vai ser o ânodo. O objecto a ser revestido deverá conduzir corrente eléctrica. No caso do objecto ser de plástico, que não é um bom condutor, um tratamento superficial o tornará condutor. Há ainda o problema da aderência de um metal no outro. Para que a película do metal se ligue à base, além de perfeita limpeza e desengorduramento, é preciso conhecer a natureza dos metais.

Galvanização A Galvanização ou electroformação é todo o processo electrolítico que consiste em revestir superfícies de peças metálicas com outros metais, mais nobres. Este revestimento é feito, geralmente, para proteger a peça da corrosão e/ou como acabamento estético/decorativo.

A galvanização consiste em utilizar dois eléctrodos mergulhados numa solução electrolítica ligados a uma fonte de corrente contínua ou corrente alternada, transformada em corrente contínua e retificada. A peça a ser revestida deve funcionar como cátodo, ou seja, deve estar ligada ao polo negativo da fonte de corrente eléctrica. O ânodo, ligado ao polo positivo da fonte, pode ser de um material inerte ( grafite,chumbo,aço inoxidável, titânio platinizado, etc… ) ou constituído pelo metal de que se quer revestir a peça. A solução electrolítica deve conter como electrólito um sal que contém catiões do mesmo metal.

Quando o ânodo é constituído pelo metal de que se quer revestir a peça, o processo electrolítico ocorre com uma transferência de metal deste eléctrodo para a peça, através da solução electrolítica.
Exemplo: Revestimento de uma peça com prata, utilizando ânodo de prata ( prateação ):

Ânodo: Ag → Ag+ + e –
Cátodo: Ag+ + e – → Ag
O metal do ânodo oxida. O catião formado vai para a solução, e o catião da solução reduz no cátodo ficando aderido na forma metálica.

Quando o ânodo é um material inerte ocorre nele a descarga da água da solução. O catião da solução reduz no ânodo, ficando também aderido a peça.
Exemplo: Revestimento de uma peça com crómio, utilizando ânodo inerte, chumbo ( cromagem ):

Ânodo: H2 → 2 H+ + 1/2 O2 + 3 e-
Cátodo: Cr3+ + 3 e- → Cr
Na utilização de ânodo inerte, a concentração de catiões deve ser mais elevada porque não existe reposição deles pelo ânodo.

Dependendo do metal que é revestido a peça ou objecto a galvanização recebe nomes especiais: douramento ( ouro ), cromagem ( crómio ), pratear ( prata ), niquelagem ( níquel ) e outros

O processo de galvanização ou aplicação de revestimento de zinco pode ser realizado das seguintes maneiras:

Zincagem ou Galvanização Eletrolítica; (a frio)
Zincagem por Imersão a Quente; (ou a fogo)
Zincagem por Aspeção Térmica – metalização

Dividimos a galvanotecnia em duas principais partes:

A primeira e mais utilizada é a deposição por meio de eletrólise. Ou seja, através da corrente elétrica, forma-se uma diferença de potencial elétrico favorecendo-se assim, a deposição de um metal sobre outra superfície normalmente metálica e com polaridade contrária.
A segunda forma, já mais elaborada e, portanto menos difundida, é a deposição química que consiste em depositar íons metálicos dissolvidos na forma de seus sais, que por diferença de potencial químico, tendem a depositar-se sobre outras superfícies metálicas ou não, gerando depósitos com características muitas vezes superiores as dos depósitos eletrolíticos no que se refere à coesão e densidade de depósitos.

ZINCAGEM/GALVANIZAÇÃO ELETROLÍTICA

Zincagem branca;
Zincagem amarela;
Zincagem negra;
Oxidação negra.

Zincado e Galvanizado

Qual a diferença entre zincado e galvanizado?

Na verdade, qualquer processo em que uma peça metálica recebe o banho de outro metal mais nobre, com a finalidade de proteger contra corrosão, oferecer maior condutibilidade ou simplesmente por questão estética, é chamado de Galvanização!

DIFERENÇA ENTRE ZINCADO E GALVANIZADO

Isso mesmo, a zincagem também é uma galvanização. Acontece que, popularmente, quando chamamos uma peça de Galvanizada, estamos nos referindo a Galvanização a Fogo (ou Zincagem por Imersão a Quente). E é aí que surge a confusão.

ELETRODEPOSIÇÃO DE METAIS

A Galvanização a Frio, por sua vez, pode ser com o uso do Zinco, Cobre, Níquel, Latão, Ouro, Bronze, Cromo, e assim por diante. Ela também é conhecida por Galvanização Eletrolítica, pois o metal escolhido é depositado sobre a peça através de um processo que envolve a eletricidade. Esse processo se chama Eletrodeposição de Metais.

É necessário fornecer energia elétrica para que ocorra a deposição do metal a partir dos seus íons mediante fornecimento de elétrons (eletrólise). Trata-se, então, de uma eletrodeposição na qual uma corrente contínua é forçada a passar pelos eletrodos e pela solução, fazendo com que o metal que dá o revestimento seja ligado ao polo positivo para promover sua oxidação, repondo na solução os cátions do metal eletrodepositado no objeto condutor ligado ao polo negativo.

Enquanto que, na Galvanização a Fogo, é feita quando peças em aço carbono ou ferro fundido são imergidos em um tanque com zinco fundido (bem quente!). A difusão do zinco na rede cristalina da peça oferece uma proteção muito mais duradoura do que na Galvanização Eletrolítica.

DIFERENÇA ENTRE ZINCADO E GALVANIZADO

Portanto, quando alguém lhe perguntar “Qual Diferença entre Zincado e Galvanizado?” você pode responder que a zincagem é uma galvanização, e não tem como diferenciá-las, e sim classificá-las pela hierarquia correta junto com outros tipos de Galvanização.

Fonte: Indufix

Galvanizadora Bento Sul

Saiba mais sobre galvanização e seus processos

A galvanização é o processo de revestimento de um metal por outro a fim de protegê-lo contra a corrosão ou melhorar sua aparência. Trata-se de um processo de revestimento de superfícies por meio da eletrólise onde o metal a ser revestido funciona como cátodo e o metal que irá revestir a peça funciona como o ânodo (também pode ser utilizado como ânodo algum material inerte). A solução eletrolítica deve conter um sal composto por cátions do metal que se deseja revestir a peça. O controle da espessura da camada a ser depositada pelo processo de eletrogalvanização é feito por meio de modelos matemáticos.

O revestimento de superfícies metálicas também pode ocorrer por meio da imersão do metal que se quer revestir no metal fundido que irá revesti-lo. No entanto, o processo eletrolítico permite melhor cobertura (mais homogênea), embora ambas sejam igualmente utilizadas. Nesse processo, de imersão, o controle da espessura do revestimento se dá pela velocidade com que a peça passa pelo banho metálico, a temperatura do forno do metal de revestimento, e da aplicação de um jato de nitrogênio ao final do processo.

Podem ser usados diferentes metais para o revestimento de uma peça. Ao processo de revestimento por cromo, por exemplo, dá-se o nome de “cromagem” ou “cromação”; se o revestimento for de níquel, dá-se o nome de “niquelagem” ou “niquelação”. E ainda temos o zinco, o estanho, o magnésio, o ouro, o cobre, a prata e etc.. Cada metal de revestimento pode conferir características diferentes ao material galvanizado de acordo com suas propriedades, como maior ou menor condutividade, ou ainda resistência a temperaturas extremas.

O revestimento de finas lâminas de aço com o metal estanho tem como produto as chamadas “folhas de flandres” utilizadas na fabricação de latas para armazenar diversos produtos como conservas, óleos e etc. O estanho é utilizado para esta aplicação porque é um metal que apresenta maior resistência à oxidação em contato com a água, geralmente presente nestes produtos. O processo de revestimento do aço por estanho é geralmente realizado por imersão.

No caso do ferro, a proteção contra corrosão mais comum é feita pela deposição de zinco metálico. O zinco possui a característica de oxidar mais rápido que o ferro. Assim, se em uma placa de ferro galvanizado* ocorrer uma rachadura ou desplacamento, deixando o ferro exposto, o zinco irá oxidar mais rápido que o ferro. Então, enquanto houver zinco, o ferro não será oxidado.

*Geralmente chama-se de “ferro galvanizado” o ferro revestido com zinco.

Fontes:
http://www.cdcc.usp.br/exper/medio/quimica/6eletroquimg.pdf
http://educar.sc.usp.br/ciencias/quimica/qm1-3.htm#termica
http://www.cienciamao.usp.br/dados/t2k/_quimica_q23d.arquivo.pdf